
A possibilidade de o CNAD abrir um inquérito ao  Benfica - hipótese confirmada ao PÚBLICO por um antigo membro daquele órgão - já  foi seguida no passado por aquele organismo. Em 2002, devido a uma sucessão de  testes positivos (por nandrolona) e de dezenas de outros cujos resultados  estiveram perto da positividade, todos concentrados em apenas quatro clubes de  futebol, o CNAD decidiu investigar. Resta saber se agora seguirá o mesmo  caminho.
O inquérito aberto na altura originou uma queixa às autoridades  judiciais, que seguiu para a Direcção Central de Investigação da Corrupção e  Criminalidade Económica e Financeira, da Polícia Judiciária (PJ), então dirigida  por Maria José Morgado. Não são conhecidos resultados das diligências da PJ, mas  a legislação continua a permitir ao CNAD apresentar queixas ao Ministério  Público, “se nos processos de inquérito ou disciplinares forem apurados factos  susceptíveis de indiciarem o crime de tráfico ilegal de estupefacientes ou de  substâncias psicotrópicas ou tráfico de quaisquer outras substâncias dopantes,  ou de auxílio ou incitamento, por qualquer forma, ao seu consumo”, pode ler-se  na lei.
Assis, basquetebol e râguebi
Ainda não tinha  terminado a ressaca do caso Nuno Assis, que durou mais de um ano e foi concluído  com uma sanção do Tribunal Arbitral do Desporto (um ano), e já o Benfica  regressava às primeiras páginas dos jornais devido a outro teste positivo, desta  vez por detecção de finasterida ao basquetebolista António Tavares. Uma semana  depois, novo caso suspeito atingiu o râguebi, causado pela mesma substância,  tomada por Paulo Barata.
Entre os dopantes encontrados, o de Nuno Assis  (19-norandrosterona) é considerado o mais grave, porque é um anabolizante. A  substância detectada a António Tavares e a Paulo Barata é proibida porque pode  ser usada para esconder produtos mais fortes. “É um mascarante, não é um  dopante, não altera o rendimento desportivo”, insistiu ao PÚBLICO o  vice-presidente do Benfica para as modalidades, Fernando Tavares.
Segundo  este responsável, Paulo Barata “já foi controlado antes, numa competição  internacional, pela selecção de “sevens”“. “Ele declarou que medicamentos estava  a tomar e o médico que fez o controlo disse-lhe que não havia problema”, afirmou  Tavares.
Benfica fala em atenuantes
Este dado foi  confirmado pelo secretário-geral da Federação Portuguesa de Râguebi, Delfim  Barreira, mas nenhum dos responsáveis se lembra se o controlo foi realizado  antes ou depois de Janeiro de 2005, altura em que a finasterida entrou na lista  proibida. O vice “encarnado” vincou também que o râguebi é uma modalidade  amadora, sem intervenção do departamento médico do clube. Aos jogadores são  feitos apenas exames no início das épocas.
Segundo Delfim Barreira, o  órgão disciplinar da federação deverá anunciar uma decisão sobre o processo de  Paulo Barata “na quinta ou sexta-feira”. Mais atrasado está o caso de António  Tavares, pois o Benfica ainda não recebeu a nota de culpa.
Neste  processo, o médico da equipa profissional de basquetebol, Amílcar Miranda,  responsabilizou-se por ter autorizado António Tavares a usar um fármaco de  tratamento capilar. “O médico desconhecia a entrada do medicamento na lista de  substâncias proibidas”, explicou o clube.
Questionado pelo PÚBLICO se o  médico explicara o porquê do desconhecimento sobre a proibição da finasterida,  em vigor desde Janeiro de 2005, Fernando Tavares respondeu: “Não, e isso não era  importante. Houve uma falha grave, há informação sobre o assunto e não havia  razão para tal, mas há que destacar a nobreza do médico ao assumir a sua  responsabilidade.” O dirigente considera que este facto é “uma atenuante  importante” para a avaliação do processo do basquetebolista. Nos dois casos,  Tavares espera decisões favoráveis aos atletas.
Estudos indicam que  finasterida pode esconder outros dopantes
A finasterida é o nome  genérico do medicamento Propecia, utilizado para tratar a queda de cabelo. É  também uma substância proibida, desde Janeiro de 2005, pela Agência Mundial  Antidopagem (AMA), depois de pesquisas científicas patrocinadas por este  organismo terem concluído que pode esconder o consumo de dopantes que têm  influência no desempenho desportivo, entre os quais os esteróides  anabolizantes.
Uma destas pesquisas foi realizada pelo Instituto de  Bioquímica da Universidade Alemã de Desporto, em Colónia. Segundo indica o  resumo do estudo, “os resultados demonstram que a finasterida pode causar sérios  problemas de interpretação dos perfis dos esteróides, que têm um papel  importante no controlo da dopagem (detecção do consumo de esteróides endógenos,  estudos longitudinais, individualização da amostra, etc.).
Além disto, a  finasterida pode complicar ou mesmo impedir a detecção de esteróides 19-nor”,  entre os quais a 19-norandrosterona, encontrada na urina de Nuno Assis. Os  investigadores do instituto germânico concluíram, por isso, que “os resultados  demonstram que a finasterida pode ser usada como um agente  mascarante”.
Fonte: Público.pt
Post por: Lúcifer88
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