António Tavares, capitão da equipa de basquetebol do Benfica e internacional português, foi hoje suspenso preventivamente pela Liga de Clubes de Basquetebol (LCB) devido a dois controlos antidoping positivos, cujas análises detectaram finasterida, uma substância mascarante.
Paulo Mamede acrescentou que já seguiu para o Benfica a  notificação do CNAD e que o capitão do clube da Luz está suspenso  preventivamente até deliberação final da Comissão Disciplinar da  LCB.
Fernando Tavares, vice-presidente do clube encarnado, explicou  ontem, ao "Record", que "o jogador foi controlado a 8 de Dezembro de 2006, após  o jogo com o Ginásio, na Figueira da Foz, e mais tarde, a 27 do mesmo mês,  durante uma sessão de treino. O resultado foi positivo nas duas  situações".
Atletas recebem informação sobre doping "praticamente  todas as jornadas"
O jornal desportivo avança com a hipótese de a  substância detectada ter tido origem num produto para impedir a queda de cabelo,  mas Luís Horta, director do Laboratório de Análises e Dopagem, disse à Lusa que  nem o atleta nem o Benfica solicitaram ao Conselho Nacional Antidopagem (CNAD)  uma autorização de utilização terapêutica da finasterida.
"Mesmo que  tivesse havido o pedido este não teria sido autorizado. Nem em Portugal, nem a  nível mundial é autorizada a sua utilização terapêutica", adiantou Luís Horta,  lembrando que no passado o CNAD já recusou pedidos para uso terapêutico desta  substância.
"A finasterida é um agente que vai poder mascarar a  utilização de determinadas substâncias do grupo dos anabolisantes, como por  exemplo a testosterona exógena", explicou o director do LAD, acrescentando que,  neste caso, "houve uma atitude negligente por parte do atleta e da equipa médica  que o acompanha".
Luís Horta lembrou que não se pode falar de falta de  informação por parte dos atletas em relação à substância em questão, uma vez  que, "praticamente em todas as jornadas da Liga de Basquetebol, estes recebem  informação das substâncias proibidas aquando dos controlos a que são  submetidos". "Agora só o desenrolar do processo disciplinar ao atleta em questão  poderá dizer o que se passou", acrescentou.
O responsável pelo  laboratório explicou ainda que todos os atletas possuem um perfil endógeno de  esteróides, que aparece alterado quando é usado um dopante desta classe, mas, se  tiver sido consumido um mascarante, "não se consegue comprovar a presença da  outra substância através da análise, porque foi mascarada".
No comments:
Post a Comment