Friday, February 9, 2007

Capitão de basquetebol do Benfica suspenso preventivamente por doping

António Tavares, capitão da equipa de basquetebol do Benfica e internacional português, foi hoje suspenso preventivamente pela Liga de Clubes de Basquetebol (LCB) devido a dois controlos antidoping positivos, cujas análises detectaram finasterida, uma substância mascarante.

"A comissão directiva da LCB remeteu o processo à comissão disciplinar e já foi nomeado um instrutor. Acredito que no prazo de uma semana haverá uma deliberação", disse à Lusa o presidente da Liga de Basquetebol, Paulo Mamede.

Paulo Mamede acrescentou que já seguiu para o Benfica a notificação do CNAD e que o capitão do clube da Luz está suspenso preventivamente até deliberação final da Comissão Disciplinar da LCB.

Fernando Tavares, vice-presidente do clube encarnado, explicou ontem, ao "Record", que "o jogador foi controlado a 8 de Dezembro de 2006, após o jogo com o Ginásio, na Figueira da Foz, e mais tarde, a 27 do mesmo mês, durante uma sessão de treino. O resultado foi positivo nas duas situações".

Atletas recebem informação sobre doping "praticamente todas as jornadas"

O jornal desportivo avança com a hipótese de a substância detectada ter tido origem num produto para impedir a queda de cabelo, mas Luís Horta, director do Laboratório de Análises e Dopagem, disse à Lusa que nem o atleta nem o Benfica solicitaram ao Conselho Nacional Antidopagem (CNAD) uma autorização de utilização terapêutica da finasterida.

"Mesmo que tivesse havido o pedido este não teria sido autorizado. Nem em Portugal, nem a nível mundial é autorizada a sua utilização terapêutica", adiantou Luís Horta, lembrando que no passado o CNAD já recusou pedidos para uso terapêutico desta substância.

"A finasterida é um agente que vai poder mascarar a utilização de determinadas substâncias do grupo dos anabolisantes, como por exemplo a testosterona exógena", explicou o director do LAD, acrescentando que, neste caso, "houve uma atitude negligente por parte do atleta e da equipa médica que o acompanha".

Luís Horta lembrou que não se pode falar de falta de informação por parte dos atletas em relação à substância em questão, uma vez que, "praticamente em todas as jornadas da Liga de Basquetebol, estes recebem informação das substâncias proibidas aquando dos controlos a que são submetidos". "Agora só o desenrolar do processo disciplinar ao atleta em questão poderá dizer o que se passou", acrescentou.

O responsável pelo laboratório explicou ainda que todos os atletas possuem um perfil endógeno de esteróides, que aparece alterado quando é usado um dopante desta classe, mas, se tiver sido consumido um mascarante, "não se consegue comprovar a presença da outra substância através da análise, porque foi mascarada".

Fonte: Público.pt

Post por: Lucifer88

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