Friday, January 12, 2007

Referendo: Aborto desvia verbas da Saúde





Aborto: todos os médicos objectores de consciência



O antigo bastonário da Ordem dos Médicos Gentil Martins apelou esta terça-feira aos clínicos para que sejam objectores de consciência e se recusem a fazer abortos caso o «sim» vença no referendo, porque a «lei não ultrapassa a ética», refere a Lusa.


«Espero que a esmagadora maioria dos médicos seja objector de consciência», disse hoje o médico, durante a apresentação do movimento contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) «Diz não à discriminação».


Defendendo que primeiro que a lei têm que estar os direitos humanos e a ética, Gentil Martins considerou que os médicos apenas deverão praticar os chamados «abortos terapêuticos», ou seja, quando está «em jogo» a vida da mãe.


«A lei só por si não ultrapassa a ética (...), não é a ética que se tem de conformar à lei», sublinhou, fazendo votos para que se o «sim» vencer no referendo sobre a despenalização do aborto «a maioria dos médicos recuse essa situação».


O médico especialista em cirurgia pediátrica, que irá participar «activamente» na campanha pelo «não» no referendo, recuperou ainda a ideia de que «do ponto de vista científico a vida começa na concepção», salientando que, de um modo geral, «a classe médica não aceita o aborto».


Ainda durante a sessão de apresentação do movimento «Diz não à discriminação», o jurista Paulo Oneto considerou que o que está em causa no dia 11 de Fe vereiro é permitir ou não que aconteçam várias «discriminações», nomeadamente a «discriminação em relação ao pai».


«Uma mulher casada no regime de comunhão de adquiridos precisa do consentimento do marido para vender a casa ou o carro, mas para se desfazer de um filho não precisa de qualquer consentimento do marido», afirmou, lamentando que, se o «sim» vencer, «o direito passe a tratar melhor as coisas do que os seres humanos».

Fonte: PortugalDiário


Cada vez que o Estado financiar 2,3 abortos está a não pagar, a adiar ou a excluir uma operação.” As palavras são do social-democrata António Borges, que com este argumento apelou ontem ao ‘não’ no referendo de 11 de Fevereiro.

Para o economista, o aborto praticado por opção não deve ser financiado pelos impostos dos contribuintes, pois desta forma serão desviados os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que já passa por “graves constrangimentos financeiros”.

“É preciso saber se é justo desviar verbas do SNS para quem não está doente e tem apenas uma vontade”, acrescentou Maria José Nogueira Pinto, vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, que ontem participou com António Borges e Isabel Neto numa conferência da plataforma ‘Não Obrigada’.Já Isabel Neto, defendeu que as verbas destinadas ao aborto deveriam ser aplicadas antes no apoio à família e no incentivo à natalidade.

“Numa sociedade que enfrenta um ‘tsunami’ de doenças crónicas e de baixa de natalidade, não devemos estar a desviar fundos para liberalizar o aborto, mas para as mulheres que querem ter mais filhos”, sublinhou Isabel Neto. Quanto ao montante das verbas necessárias para pagar os abortos, Isabel Neto adiantou que “se o Estado financiar entre 650 a 800 euros por aborto, o montante atingirá entre os 20 e os 30 milhões de euros”.

António Borges deixou outro alerta: “Se o ‘sim’ vencer, isso poderá levar a um aumento exponencial e deplorável do número de abortos.” NOTAS SOLTAS‘SIM’ VINCULATIVOO social-democrata António Borges defendeu ontem que, caso o ‘sim’ vença o referendo mas sem um resultado vinculativo, a lei não deve ser alterada como o PS pretende fazer, por colocar em causa os “futuros referendos”.

ASSINATURAS

O movimento cívico ‘Vida, Sempre!’ recolheu nove mil assinaturas no distrito de Vila Real em defesa do ‘não’ ao aborto no referendo que se realiza a 11 de Fevereiro (...)

Fonte: Correio da Manhã

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